Alguns clientes nos procuram após receberem um resultado desfavorável na solicitação de crédito ao banco e na grande maioria, o ponto fraco foi a Contabilidade. Separei algumas situações recorrentes: Balanço Patrimonial com poucas contas; estrutura anterior à Lei 11638/07; nomenclaturas inadequadas; saldos de caixa em valores irreais (tipo muitos milhões mesmo); operações de longo prazo registradas totalmente no curto prazo; ausência de consolidação, ou consolidação incorreta; evolução dos saldos incoerente. Na DRE os campeões: apuração de receitas pelo regime de caixa e estrutura conforme a legislação fiscal. Aqui dois problemas graves: ausência de utilização da legislação societária e reconhecimento de receitas em valor inferior ao competente, principalmente para empresas que trabalham com Contratos.
Quando pedimos a DMPL e a DFC, daí poucos tem para mandar. E a Notas Explicativas? Sempre um resumo padrão, sem esclarecimentos ou abertura sobre contas relevantes. A parte fiscal é fundamental, mas o Contador deve ter conhecimento nas duas frentes: Contábil e Fiscal. A Contabilidade é a base para o Fiscal, e não ao contrário. Ela deve representar a realidade da empresa e ser elaborada com base na legislação contábil vigente. Não podemos colocar em risco as informações que revelam a saúde financeira da empresa, nem o nosso registro no Conselho. Por falar em Conselho, fica aqui uma sugestão, pelo menos ao Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), de buscar equilíbrio na pautal mensal de cursos/treinamentos, pois a maioria se refere a questões fiscais.